Política
Membro da Comissão Nacional de Ética e Disciplina do PT e dirigente da tendência majoritária, “Construindo um Novo Brasil”, Francisco Rocha acaba de informar ao Blog que as articulações feitas pelo governador Eduardo Campos (PSB) em defesa da reeleição do prefeito João da Costa são “um assunto novo” para a direção nacional.
“Se isso é verdade, não chegou para nós aqui (direção nacional)”, disse. Rochinha, como é conhecido o dirigente, diz não ser possível emitir opinião sobre o assunto uma vez que “não se sabe se é versão ou fato”.
“Se você ligar para Ruy Falcão (deputado federal por São Paulo e presidente nacional do PT) ele vai dizer o mesmo. Se o governador já tomou posição, quem tem que falar sobre isso é o governador”, salientou e disse desconhecer as articulações de Eduardo junto ao ex-presidente Lula para favorecer o prefeito.
Rochinha afirmou que as definições das candidaturas do PT são feitas pelo PT. “No caso de Recife ou de qualquer outra cidade onde temos administração e, mesmo onde não temos, as decisões passam pelas instâncias partidárias”, destacou.
Ele disse que o diretório municipal se posiciona inicialmente e, depois, é a vez do estadual. “A direção nacional não pode emitir opinião, porque seria opinião pessoal. A nacional só entra em cena em caso de recurso”.
O dirigente informa que o partido está acompanhando a movimentação da pré-campanha em mais de 170 cidades, entre elas as capitais, e que tudo está se desenrolando normalmente.
“Agora, esse tipo de ebulição nas disputas sempre existiu no PT. Sou um dos fundadares do partido e sei que isso é uma situação normal. As coisas só serão acertadas lá para abril, maio e junho, nas convenções”.
E sobre a possibilidade de prévias? Como o partido se posiciona? “Prévia pode acontecer em qualquer eleição. Tivemos prévia até para escolher Lula candidato contra (o senador) Eduardo Suplicy (em 2002)”, afirma Rochinha.